Um bom Akita requer uma boa orientação para ser escolhido, o que deve ser feito através de excelentes criadores, que talvez não está ao alcance de todos. Um cão errado, ou melhor dito, um cão equivocado, é um cão inevitavelmente infeliz e, igualmente insatisfeito seu proprietário. O Akita também não é um cão para todos. Ao verificar uma ninhada de Akita, deve-se observar, desde logo, sua constituição física, sobretudo se a opção for por um macho. Um bom cão deve ter o pêlo suave, esponjoso e ao acariciá-lo, deve estar revestido por uma verdadeira pele, como um chinchila. Outra coisa que devemos observar são os aprumos corretos como recomenda o “standart ou padrão da raça.
Uma grande atenção se deve ter, quando da escolha de um Akita, é o posterior, que às vezes não tem muita angulação. Uma correta angulação e um movimento elegante são os aspectos mais apreciados.
GENERALIDADES:
País de Origem: Japão.
Utilização: Cão de Guarda e Companhia.
Classificação FCI: Grupo 5 (Spitz e cães do tipo primitivo), seção 5 (Spitz asiáticos e raças afins) sem prova de trabalho.
Histórico: Originalmente, todas as raças caninas japonesas eram de porte pequeno ou médio e não existia nenhuma raça de tamanho grande. O Akita, originário da região de Tohoku, onde era conhecido com o nome de “Akita Matag i(cão de ossos), está dentro dos cães de caça do porte médio. Na época da Dinastia Satako, no período compreendido entre 1630 e 1870, na região denominada AKITA, esta raça começou a ser adestrada para o combate de cães que, segundo os testemunhos da época, serviam para elevar a moral dos grandes senhores da região.
A continuação da ração Akita veio a cruzar-se com um cão da raça Mastim, de propriedade de um engenheiro alemão, empregado na mina de cobre de Kozaka, e com um cão de combate Tosa-inu (raça proveniente, por sua vez, de um cruzamento do Mastim Shikoku, raça japonesa de porte médio, com o Branco Alemão, com São Bernardo e o Mastim Alemão), seguindo a esse cruzamento o aspecto originário do Akita, até este momento está caracterizado pela típica orelha em ponta e da calda enrolada. A continuação da Lei de 1908 que proibia o combate de cães, o Estado possibilitou a conservação da raça, graças ao interesse demonstrado por eruditos e estudiosos.
Em 1919, foi promulgada a Lei da Conservação do Patrimônio Natural: graças ao esforço de alguns amantes empenhados em melhorar a raça, nove extraordinários exemplares Akita foram declarados, em 1931, “Monumentos Históricos. Este episódio possibilitou que a raça se tornasse bastante popular.
Em 1945, no final da II Guerra Mundial, se buscou eliminar os poucos sobreviventes com sangue de Mastins e outras raças estranhas, com o objetivo de obter o Akita de raça pura. Esse esforço permitiu definir o “standart da raça pura do Akita de grande tamanho, hoje por nós conhecidos.
Características Gerais: Cão de grande tamanho e forte constituição, bem proporcional, com ossatura robusta. Grande nobreza e dignidade unida a uma grande simplicidade.
PADRÃO DA RAÇA AKITA
Grupo 5 - Spitz e cães do tipo primitivo.
Seção 5 - Spitz Asiáticos e raças assemelhadas
Padrão FCI no 255 - 02 de abril de 2001.
País de origem: Japão
Nome no país de origem: Akita
Utilização: Cão de companhia
Sem prova de trabalho
RESUMO HISTÓRICO
Originalmente todas as raças caninas japonesas eram de pequeno e médio porte, não existia nenhuma de grande porte. Desde 1603, provindo da região de AKITA, os cães chamados “AKITAS MATAGIS(cães de tamanho médio para caça ao urso), foram usados como cães de combate. A partir de 1868 a raça foi cruzada com o Tosa e com Mastiffs. Como consequência destes cruzamentos o talhe aumentou e traços característicos próprios dos cães tipo Spitz, desapareceram. Em 1908 foram interditadas as rinhas de cães. A raça, contudo, foi preservada e aperfeiçoada como uma grande raça japonesa e em 1931, nove cães, exemplares de nível superior foram designados “Monumentos Históricos Durante a segunda guerra mundial (1939 1945) era comum usar pele dos cães para confeccionar vestes militares. A polícia ordenou a captura e confisco de todos os cães, menos o Pastor Alemão que era usado para fins militares. Muitos criadores aficcionados tentaram enganar a lei, cruzando seus cães com Pastor Alemão. No fim da segunda guerra mundial, o número de akitas estava drasticamente reduzido e os cães apresentavam três tipos diferentes.
1. Os Akitas Matagis
2. Os Akitas de combate
3. Os Akitas / Pastores Alemães
A situação da raça estava muito confusa.
Durante o processo de restauração da raça pura, após a guerra, Kongo-Go, um cão com linha de sangue DEWA, que exibia a influência do Mastiff e Pastor Alemão teve uma passageira, mas tremenda popularidade. O número de criadores de Akita aumenta e ganha muita popularidade.
No entanto, os criadores esclarecidos recusaram-se aceitar este tipo de cão como a verdadeira raça japonesa e se esforçaram para eliminar as características das raças estrangeiras fazendo cruzamentos com os Akita Matagi, para voltar ao tipo original.
Estes esforços foram coroados de sucesso e permitiram a estabilização da raça pura do Akita de grande porte bem conhecido nos nossos dias.
APARÊNCIA GERAL
Cão de grande porte, constituição robusta, bem proporcionado com muita substância, caracteres sexuais secundários nitidamente definidos. Grande nobreza e dignidade na sua simplicidade. Construção robusta
PROPORÇÕES IMPORTANTES
Relação entre altura da cernelha e comprimento do corpo é de 10:11 mas as fêmeas são ligeiramente mais longas que os machos.
COMPORTAMENTO
Caráter: calmo, fiel, dócil e receptivo.
CABEÇA
REGIÃO CRANIANA
Crânio: proporcional ao corpo. Testa larga, sulco frontal nítido sem rugas.
Stop: definido
REGIÃO FACIAL
Trufa: volumosa e preta. Falta de pigmentação leve e difusa, é aceitável somente nos cães brancos, mas a trufa preta é sempre preferida. Focinho: moderadamente comprido, forte, largo na raiz, vai afinando, jamais pontudo. Cana nasal é reta.
Maxilares / Dentes: dentes fortes, mordedura em tesoura.
Lábios: fechados.
Bochechas: moderadamente desenvolvidas.
Olhos: relativamente pequenos, triangulares, o ângulo do olho é ligeiramente voltado para cima, moderadamente separados, cor marrom escuro, quanto mais escura for a cor, melhor.
Orelhas: relativamente pequenas, grossas, triangulares ligeiramente arredondadas na extremidade, inseridas moderadamente separadas e inclinadas para a frente.
PESCOÇO
Grosso e musculoso, sem barbelas, proporcional à cabeça.
TRONCO
Dorso: reto e forte.
Lombo: largo e musculoso.
Peito: profundo com ante peito bem desenvolvido, as costelas moderadamente arqueadas.
Ventre: bem esgalgado.
CAUDA
Inserida alta, é grossa portada bem enrolada sobre o dorso, a extremidade toca o jarrete quando esticada.
MEMBROS ANTERIORES
Ombros: moderadamente inclinados e desenvolvidos.
Cotovelos: bem ajustados ao tronco.
Antebraços: retos com forte ossatura.
MEMBROS POSTERIORES
Bem desenvolvidos, fortes e moderadamente angulados.
PATAS
Fortes, redondos, compactos, arqueados.
MOVIMENTAÇÃO
Elástica e potente.
PELAGEM
O pêlo de cima é duro e reto, subpêlo macio e denso, a cernelha e a garupa são revestidas com um pêlo ligeiramente mais comprido, o pêlo da cauda é mais longo que o do resto do corpo.
COR
Vermelho-fulvo, sésamo (pelos vermelhos com as pontas pretas) tigrado e branco. Todas as cores acima mencionadas, exceto a branca, devem apresentar o “URAJIRO (pelagem esbranquiçada nas laterais do focinho, nas bochechas, sob o queixo, pescoço e ventre, na face inferior da cauda e face interna do membros).
TAMANHO
Altura da cernelha: machos 67 cm e fêmeas 61 cm, com uma tolerância de 3cm a mais ou a menos.
FALTAS
Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
Machos afeminados, fêmeas masculinizadas.
Prognatismo superior e inferior.
Falta de dentes.
Língua manchada.
Íris de cor clara.
Cauda curta.
Cães medrosos.
FALTAS DESQUALIFICANTES
Orelhas caídas (orelhas não eretas).
Cauda pendente.
Pelo longo (peludo).
Máscara preta.
Manchas sob fundo branco.
NOTAS
Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal. Todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado. Fonte: CBKC Confederação Brasileira de Cinofilia (www.cbkc.com.br)